DeuMatch

Você já encontrou o amor da sua vida... Hoje?

Com a  era dos apps de relacionamento ficou cada vez mais difícil encontrar o "amor da sua vida". Todos os dias milhares de pessoas entram nos apps escolhendo quem poderia acabar sendo seu futuro namorado(a) somente por uma breve descrição no perfil e algumas fotos, torcendo para que de aquele famoso MATCH.

Por muitas vezes o papo não passa do primeiro dia, e no dia seguinte la esta você de novo no app novamente procurando conhecer alguém.

A pergunta que sempre faço é... será que realmente é mais fácil encontrar alguém por aplicativo ou  simplesmente as pessoas esqueceram como é que se conhece as pessoas pessoalmente?

Hoje em dia o que mais vemos são pessoas de ambos ps sexos reclamando que estão solteiras e que não encontram alguém que realmente vale a pena investir, mais sera que ninguém encontra ou esta todo mundo procurando no lugar errado?

A unica coisa que se sabe que os apps facilita a vida de quem quer uma coisa mais fácil as vezes só para curtir o momento, mas sera que  essas relações iniciadas e medidas por novas plataformas conseguem sobreviver à realidade das conversas, cobranças, paixões e frustrações do dia a dia? 

E outra será que é possível encontrar o amor da sua vida através de um aplicativo quando aparece aquela frase que a maioria das pessoas conhecem, o famoso MATCH.?

Dezessete

"Quando a gente se conheceu, eu tinha dezessete anos, a vida toda pela frente e aquela velha vontade de encontrar alguém com quem dividi-la.
Como imaginava ser quase impossível, acabei mergulhando no desconhecido que sabia não ser pra sempre.

Você cantava pra mim e eu supus ser especial. Você dizia que eu era a sua primeira, e eu me sentia única.
Tentava desvendar os seus segredos e interpretar suas reações. Mistério demais nunca me atraiu – ao contrário do que se ouve por aí. Mas o que a gente tinha, sei lá, me prendia.
Só que eu descobri que deixava de ser “eu” pra ser quem você queria ter. E eu renunciava às minhas próprias formas de demonstrar carinho na tentativa máxima de te parecer mais agradável.

Um dia recebi uma mensagem: a maneira mais dura de se dizer adeus.
Você precisava ir embora e eu não tinha argumentos.
Me tranquei dentro de mim mesma, aprendi a seguir sozinha.
Uma mulher madura talvez tirasse isso de letra. Mas eu era só uma jovem de dezessete anos que estava conhecendo uma nova forma de amor.

Com o tempo me convenci – e escrevi – que o importante de tudo é o aprendizado. Sim, eu aprendi muito com você. Mais com sua perda do que com seu carinho.
Mas se eu pudesse escolher, eu voltaria. E quando um amigo nos apresentou, eu podia ter sido fria, como você.
Pela primeira e única vez não ser eu mesma, e a gente seguiria sem ultrapassar a barreira do “oi”.
E eu ficaria bem…

Porque não há nada que doa mais do que não ter certeza se era real.
Nada mais cruel do que passar a vida toda me perguntando:
Você me tinha amor
ou só amava o afeto que lhe dei?"

Dezessete

(Isabela Linhares)